É muito comum ouvir nas reuniões da Globo, no Rio, a frase "Ainda somos líderes de audiência". De fato. A emissora continua distante da concorrência, principalmente se levarmos em consideração os números de todo o País. A praça São Paulo é importante, movimenta o mercado, mas não é a única. É necessário pensar de uma forma mais ampla, pra não confundir as coisas. No entanto, também não se pode ignorar que o domínio da Globo não é mais absoluto. Há os chamados "buracos", que estão sendo explorados - e bem - pela concorrência.
Um exemplo é a programação diária das suas manhãs. A emissora dispensou, de uma só vez, "Xuxa" e o "Sítio", então vilões do horário, segundo a diretoria - mas pouca coisa mudou. E Ana Maria Braga segue por ali, hora na frente, hora atrás da Record. Em alguns Estados, novelas produzidas pela vice-líder surpreendem, registrando o primeiro lugar. Diretores da "era Boni", ainda presentes no Projac, dizem que a casa se acostumou a viver sem concorrência nesses anos todos, deixando a criatividade em segundo plano, algo de que jamais poderia abrir mão. Agora, tem dificuldades para reagir.
Fonte: Canal1
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