Dois irmãos confirma excelência da Globo em microsséries.

A nova microssérie da Globo Dois Irmãos mais uma vez comprova a qualidade do trabalho da emissora carioca. Baseada na obra de Milton Hatoum, a obra acerta em cheio no texto, elenco e qualidades técnicas como fotografia, iluminação, edição.

A narrativa se desenvolve em meio a um tom de tragédia anunciada, criando grande expectativa e interesse do telespectador. O tom sombrio fica ainda mais evidente com o narrador, que vai contando pequenos detalhes do enredo, sem ficar didático ou repetitivo.

O elenco, como um todo, tem entregado um desempenho excelente, sendo difícil destacar. Isso se deve a direção competente de Luiz Fernando Carvalho, que dessa vez optou por uma estética menos fantasiosa e exagerada como em trabalhos anteriores.

E assim, a Globo prova mais vez que pode fazer microsséries com qualidade que não fica devendo em nada a produções estrangeiras.

A Revolução por trás de How to Get Away with a murder

Se você perguntar para um fã de série o que as torna diferentes de outros formatos de dramaturgia muitos irão apontar os ganchos entres os capítulos como um dos fatores. E, realmente, as séries têm usado há muito tempo esse artifício para prender a atenção do telespectador ao produto.

E, se você perguntar para um fã de série qual a pior coisa que pode acontecer com quem assiste a uma série? Aqui dá para dizer que as respostas serão quase unânimes: Spoiler. Saber o que vai acontecer na trama acaba com a surpresa e graça da história.

Mas Shonda Rhimes em How to Get away with a murder inovou ao misturar ganchos com spoilers. Logo no início da temporada, a roteirista lança mão de flashes de eventos chaves chocantes como forma de aumentar o interesse e segurar o telespectador.

Os flashes são, na minha opinião, spoilers sim, mas não prejudicam o interesse no enredo, porque não estamos interessados apenas no que vai acontecer, pois isso muitas vezes acabamos deduzindo em algumas situações, porém o mais importante é que queremos saber como os eventos vão acontecer. É neste ponto que os roteiristas têm maior responsabilidade em mostrar o talento. A história tem que ter começo, meio, fim, coerência e coesão, caso contrário nem a ideia mais inovadora, criativa do mundo conseguirá manter um padrão de excelência do produto.

Felizmente até a segunda temporada HTGAWM tem conseguido usar do recurso dos spoilers a seu favor, graças ao talento de Shonda que tem sido brilhante na forma de conduzir a história.

É de Casa precisa corrigir seus problemas

Depois de quatro exibições já é possível fazer uma análise mais justa do É de Casa. O programa que foi responsável por acabar completamente com a programação infantil da Globo tem sofrido para competir com os os desenhos que eram do acervo da emissora carioca.

Ao contrário da estreia quando os 6 apresentadores estavam juntos e a houve muitos atropelamentos, quando há apenas 4 no ar as coisas acontecem com maior fluência.

O problema, no entanto, se encontra na superficialidade do programa para tratar de qualquer tema e da falta de uma identidade mais forte. O conteúdo tem sido muito mal exibido e a maioria das pautas são desinteressantes, notícias requentadas com os comentários mais superficiais. Os quadros de artesanato são tão rápidos que mal dá tempo de explicarem os passos, nesse caso seria melhor cortar esse conteúdo em vez de mostrá-lo tão mal.

Quanto antes os ajustes ocorrerem, mais fácil será a recuperação.

MasterChef infantil só vai desgastar o formato

Saiu na coluna do Flávio Ricco que a Band está vendo um desgaste do Masterchef e como consequencia disso a temporada do ano que vem pode ser a última.

De fato, o grande número de programas culinários tende a saturar o gênero e cansando os telespectadores do formato, por mais que cada programa tenha sua própria particularidade. Porém, o mais irônico dessa análise da Band é que mesmo pensando assim, ela planeja uma versão infantil do Masterchef.

O Masterchef infantil viria justamente para acelerar esse processo de desgaste, ainda mais com a emissora usando os mesmo jurados como já foi anunciado. Além disso, a versão não deve ser tão interessante quanto a dos adultos, uma vez que os julgamentos serão mais brandos por se tratarem de crianças.

Acredito o programa vai ser um erro  estratégico da emissora, que deveria usar esse recurso quando a audiência do programa adulto já estivesse em declínio e fosse necessário uma versão especial para deixar a versão principal um tempo maior longe das telas.

Dança dos famosos: Segunda noite feminina ainda não empolga

Será que esse ano o vencedor da dança dos famosos será um dos homens? Pelo que foi visto até agora parece que sim. Eles estão mais empenhados que as mulheres durante as danças.

A noite de ontem reservou poucas surpresas com apresentações regulares e quase sem nenhum brilho. O destaque da noite acabou sendo a ótima performance de Agatha Moreira que nem de longe lembrou o desastre da Disco. Viviane Araújo foi muito bem, mas sempre deixa a sensação de que poderia ter feito algo mais grandioso. Françoise Fourton mostrou bom ritmo e bons movimentos na dança, mas não foi brilhante. Maurren Maggi foi bem, mas em seu desempenho ficou aquém do da primeira noite. Já Mariana Santos foi um pouco melhor que na noite anterior, porém não foi suficiente para deixar de ser a pior da noite. E deixa aqui a suspeita se ela é a participante que se arrependeu e quer sair da competição.

Próximo domingo é a vez dos homens que tem a missão de continuar com boas danças e equilíbrio..

Por que A Regra do Jogo pode não ser um sucesso?

As apostas em A Regra do jogo para recuperar a audiência perdida por Babilônia. A expectativa é que João Emanuel Carneiro consiga repetir o sucesso de Avenida Brasil e a principal novela da emissora volte a atingir patamares de audiências mais satisfatórios.

No entanto, agora é missão é muito diferente, a trama precisará atrair uma audiência que hoje prefere produtos bem diferentes, uma novela infantil e outra bíblica, ou seja a primeira é uma história bem leve, colorida e com temática infantil, que acaba pais que são "obrigados" a assistirem com os filhos. Já a trama bíblica, embora composta por um público adulto é seduzida pela temática religiosa, que muitos conhecem, mas talvez não tão a fundo quanto gostariam e ali tem essa chance. Não se trata apenas de recuperar a audiência, mas atrair um público diferente que está sendo bem atendido por outras emissoras. 

Portanto, não basta ser uma excelente novela, criativa, movimentada, bem executada, será necessário que sua história seja capaz de convencer um público atualmente satisfeito com outras novelas de que é uma opção melhor e que vale a pena mudar de canal. A tarefa não será fácil.

Segunda noite da Dança dos famosos decepciona

A segunda noite da Dança dos famosos e primeira apresentação do time feminino decepcionou nas performances. As mulheres tiveram nessa primeira noite um desempenho pior que do homens.

A humorista Mariana Santos começou a noite bem dura e com uma coreografia bem sem graça. Logo após fomos surpreendidos negativamente pela dança de Agatha Moreira muito nervosa, não mostrou gingado e com uma coreografia ruim.

Então foi a vez de Negra Li, que finalmente conseguiu elevar o nível da noite, dançando muito bem, com muito ritmo e muito entrosamento com seu professor. A coreografia dessa vez foi bem criativa e superou as possíveis dificuldades que poderiam ter por causa da música que era meio devagar. Para mim foi a melhor da noite.

Françoise Forton teve um apresentação bem discreta, sem nenhum brilho ou qualidade especial, mas sem grandes defeitos, porém a coreografia poderia ter dado mais espaço para ela dançar um pouco mais sozinha.

Mauren Maggi foi o oposto de Agatha Moreira, pois surpreendeu positivamente. Já iniciou a dança muito bem e teve uma performance muito boa, afastando de cara a ideia de que atletas são duros e dançam mal. A coreografia explorou muito bem a elasticidade dela e teve um resultado excelente.

E pra fechar Viviane Araújo dançou bem como se esperava, no entanto a coreografia muito simples não criou momentos de brilho, o que acabou decepcionando. Sua terceira colocação acabou sendo justa pelo que apresentou.

E o ranking final da noite ficou:

Maurren Maggi - 29,4
Negra Li - 29,2
Viviane Araujo - 28,9
Françoise Forton - 27,9
Mariana Santos - 27,8
Agatha Moreira - 26,8

Arlete Salles merece estrelar uma sitcom

Apesar dos problemas que enfrentou desde o início, há em Babilônia uma personagem que vem brilhando ao longo da novela, a personagem de Arlete Salles.

Alguns dos melhores momentos da novela se deve ao talento dessa atriz que interpreta com muita maestria, provocando muitas gargalhadas. E não é somente em Babilônia que ela chama a atenção, nas reprises do Viva de Toma lá, dá cá a sua inesquecível Copélia garante ótimos;

Com performances tão boas era justo que ela protagonizasse alguma série de humor na TV Aberta, que está carente de boas comédias. Tanto com o texto de Gilberto Braga e Ricardo Linhares quanto de Miguel Falabella, ela se destaca e consegue tirar o máximo com um tempo de comédia impecável. Num momento tão pobre para comédia, chega a ser um desperdício não aproveitar esse talento ao máximo.

Dança dos famosos tem boa estreia

A primeira noite do danças dos famosos trouxe boas surpresas e performances muito interessantes ao som da Disco Music. O time masculino estava bem equilibrado e a disputa deve ser acirrada com três candidatos com boas possibilidades de disputarem as finais.

Igor Rickly foi muito bem, esteve bem à vontade, mostrou bom ritmo. Teve uns erros pequenos na coreografia, mas não foram tão significativas quanto as qualidades. Apesar disso acabou ficando com a pior pontuação da noite.

Em seguida foi a vez do judoca Flavio Canto, que estava um pouco robótico e com pouco ritmo. No entanto, fez a coreografia direitinho, embora tenha ficado "treinado" demais, faltou espontaneidade e mais velocidade.

Bruno, cantor da banda Malta, surpreendeu muito ao ter bom desempenho. Ele mostrou que dança muito bem e pode chegar a final se repetir desempenhos tão bons.

Depois foi a vez do apresentador Fernando Rocha, que acabou divertido com uma dança desengonçada, mas que teve desempenho bem ruim.

O Ator Érico, teve uma performance razoável e com alguns erros, sendo bem mediano.

E por fim ficou Arthur Aguiar e assim como se esperava se colocou entre os favoritos, dançou muito bem, não cometeu nenhum erro evidente e acabou sendo o melhor da noite.

PONTUAÇÃO

1º) ARTHUR AGUIAR - 29,6
2º) BRUNO BONCINI - 29,1
3º) FERNANDO ROCHA - 27,7
4°) ÉRICO BRÁS - 27,6
5º) FLAVIO CANTO - 27
6°) IGOR RICKLY - 26,8

Bagunça e atropelamentos prejudicam o É de Casa

Como era de se esperar colocar seis apresentadores juntos no mesmo programa gerou muita confusão na estreia do É de Casa. Durante várias vezes os apresentadores se atropelavam e interrompiam a  as falas dos outros. Era visível o descontamento de alguns com essa situação. Ana Furtado parecia nervosa e impaciente enquanto Patrícia Poeta falava. Além disso, com tanta gente junta

Patrícia e Zeca Camargo tiveram bastante espaço e estavam bem à vontade, contudo deixaram pouco espaço para os outros. Ana Furtado estava um pouco perdida, porém estava equibilibrada, sem buscar destaque a qualquer custo.

Thiago Leifet teve seus melhores momentos durante a cobertura do Mundial de Natação. Sua paita junto com André Marques foi desastrosa, reaproveitamento de rolhas de vinho é uma péssima pauta.




A tentativa de mostrar tudo o que vai ter no programa já no primeiro programa tornou todas as pautas superficiais e mal aproveitadas.

O Ibope acabou sendo decepcinante. Segundo dados prévios a atração marcou apenas 5  pontos e perdeu para os desenhos do SBT.